terça-feira, 11 de outubro de 2011

Por que nós não?

O que se deve fazer para ajudar uma agremiação esportiva pelo qual simpatiza? A resposta mais óbvia seria o de se associar a esta, colaborando economicamente para que a entidade tenha uma vida digna, e, também, por isso, ter a possibilidade de participar das decisões.


Contudo, isso não ocorre para os reais torcedores do Marília Atlético Clube.

O MAC é hoje, graças aos nossos atuais e antigos administradores, uma entidade a serviço de outros, de terceiros aparentemente preocupados, que encontram no clube uma forma, um meio, um jeito de promoverem interesses próprios ou de terceiros. E temos de tudo um pouco.


Começo pelos chamados ‘grupos organizados’, pessoas que se afirmam ‘torcedores’, quando na verdade usam e abusam da imagem do Marília Atlético Clube com o fim de obterem benefícios para si ou para outros, ignorando os efeitos maléficos que possam vir a causar ao clube.


Também temos a classe política, que não poderia faltar. É irritante observar que diversos políticos locais se aproveitam da lacuna intencional do lendário estatuto maqueano para tirar proveito do marketing gratuito que o clube oferece. Criam, recriam e reinventam as próprias imagens, enganando os eleitores por meio de uma falsa idolatria clubística, pouco se incomodando com o destino do Marília Atlético Clube.


Ah, para fechar, os ‘empresários da bola’. É aí que mais se impressiona. Até os investidores que se aproximam dos portões do Bento de Abreu são, em regra, as espécies mais perigosas do mercado. São, na maioria das vezes, os especuladores que se conectam ao MAC, gente que busca o lucro rápido a qualquer custo. E estes seres ‘gostam muito’ do Marília Atlético Clube porque sabem que as dívidas feitas durante o “investimento”, a parte estragada do bolo, serão devidamente assumidas pelo pelos dirigentes do clube.


Senhoras e senhores, são estes três grupos que mandam e desmandam, são os fulanos, os sicranos e os beltranos que têm o comando daqueles que comandam o Marília Atlético Clube há mais de quarenta anos. Usam, abusam, lucram e cospem fora, sem qualquer preocupação ou respeito.


Ademais, o que é ainda mais constrangedor, tais ‘ditos cujos’ supracitados são extremamente privilegiados, porque gozam do apoio quase irrestrito, com raríssimas exceções (raros jornalistas, tão raros que são conhecidos e homenageados por serem verdadeiros maqueanos), da indiferente e apática imprensa mariliense, que os apóiam e os bajulam. Os veículos de comunicação de Marília chegam ao cúmulo de admirarem tais pessoas tratando-as como se santos fossem.


Lamentável, flébil, deplorável, irritante, desrespeitoso, miserável, vergonhoso, infame, imoral e inimaginável. Impossível citar apenas um adjetivo para descrever esta realidade kafkiana que vive o MAC.


A regra diz que um clube se torna valioso no mercado quando é transparente, profissional e tem um grande número de associados. Minha pergunta é por que isso não vale em Marília? Como é possível imaginar que quatro mil maqueanos apoiando mensalmente o clube e participando da administração seja qualificado como ruim? Como é possível?


Por que nós, os torcedores desassociados e apartidários, cujo único objetivo e ver o Marília Atlético Clube, a associação pelo qual nutrimos uma paixão incalculável, não servimos? Por que nós, pessoas sem qualquer expectativa de retorno econômico ou pessoal, não podemos investir e participar da escolha dos dirigentes maqueanos? Por quê?


Esta questão foi o primeiro tema que escolhi para refletir com os demais maqueanos (que terão no site Mariliagol.com – da mesma forma que já tem na comunidade do MAC no Orkut - um espaço democrático destinado aos verdadeiros maqueanos), por ser este, em minha opinião, um ponto chave para o futuro do clube.


Por que nós, os reais torcedores e consumidores, não podemos ajudar o MAC a melhorar?

Por que os administradores maqueanos, com o apoio de certas entidades organizadas, pseudos políticos e especuladores, sob a tutela omissiva da imprensa local, nos alijam do Marília Atlético Clube?


Por que nós não?

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