Sábado, 21 de abril de 2012. Mesmo após uma derrota dolorida do MAC em casa, um tropeço que complicava a vida do time no campeonato, Diego e outros torcedores maqueanos resolveram manter o plano de ir até São Paulo, no sábado seguinte, para apoiar o agora combalido MAC.
Durante a semana, Diego e os demais maqueanos mobilizaram a cidade e a imprensa em favor do MAC, mesmo com as confusões que ocorriam dentro do clube (confusões que eram mal resolvidas pela direção do clube, mais uma vez), porque o que importava era apoiar o time de coração fora de casa.
Horas e horas perdidas em busca de recursos e de ajuda para ir até a Capital, aonde lá se este grupo de maqueanos e Diego se juntariam a outros maqueanos (uma grande confraria de amigos maqueanos residentes em São Paulo e na Baixada Santista) com o fim de apoiar o elenco alviceleste em mais um desafio.
A luta valeu à pena e o objetivo da viagem para apoiar o MAC foi concretizado. No dia 28 de abril de 2012 Diego acordou mais cedo do que um sábado exigia, ignorou o fato de que o fim de semana era o começo de um feriado prolongado e, juntamente com outros apaixonados torcedores, foi até São Paulo.
Horas de viagem, noite mal dormida, sábado longe do descanso, estádio cheio de torcedores adversário e os riscos (por conta da violência que cercam os estádios) de ser minoria em um local cheio de não-maqueanos. Nada disso desanimou Diego que torceu, apoiou e lutou junto com o time. Jamais desistiu do time, apesar daquilo que via.
O MAC não correspondeu, Diego, junto com outros maqueanos, cobrou e exigiu, de forma emocionada, de alguns atletas mais luta e disposição. A discussão era inevitável porque os dois pólos estavam aborrecidos. Diego sofria a dor que o fanático e verdadeiro torcedor passa quando vê o time que apoia não chegar ao objetivo esperado. Sábado triste e início de feriado com a cabeça inchada.
Até aí nada podia piorar a situação do maqueano Diego.
Nada?
É, eis que o pior para Diego estava ainda por vir.
Do nada, no de repente do de repente, Diego e todos os demais torcedores do MAC que ali estava se viram diante de um dos diretores de futebol do clube, alguém que, por conta da função, não deveria estar no meio da torcida.
Este diretor, que deveria ser o apaziguador, que deveria ser o sujeito a ouvir e consolar as lamentações do torcedor, que deveria ser o alguém capaz de explicar a todos ali que a vida é assim (“que o MAC não irá desistir, que os jogadores tentaram mas o futebol é assim etc.”), que deveria ser a pessoa a dizer “que entende a raiva mas espera que o torcedor não desista”, estava lá apenas para defender um interesse pessoal e egoístico, agindo de forma desrespeitosa contra toda a torcida maqueana.
Diego não se conformou, e, tomando as dores de toda a nação maqueana (que acompanhava, ao vivo e a cores pelas imagens do Mariliagol, atônita e revoltada com o resultado em campo e com a atuação varzeana da direção maqueana), revoltou-se também contra este diretor, reagindo de forma emocionada contra tal sujeito.
Diego acabou sendo detido pela Polícia Militar, e, por conta isso, teve ele que sair coercitivamente do Estádio Conde Rodolfo Crespi.
Saía Diego do local por ter exalado e exteriorizado contra a direção maqueana toda a dor que a torcida do clube sentia naquele momento: a agonia de perder fora e dentro de campo e o desgosto de ver a incompetência daqueles que gerem o clube atingir o ápice.
Por conta de tudo o acima apresentado é que este post do blog do torcedor do MAC homenageia Diego Ruben Martin, um maqueano de verdade, um alguém que orgulhou a um todo, a pessoa que mostrou ao mundo a grandeza da paixão da torcida maqueana pelo alviceleste.
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